terça-feira, 28 de dezembro de 2010

ORIXA QUE REGE O ANO DE 2011



O ano de 2011 é regido por Oxum no qual promete ser um ano dotado de
intuição e doçura isso se deve a orixá Oxum que será a regente durante
todo o ano, para atrair o poder dessa orixá para sua vida melhorando
também seus aspecto financeiro, aconselhamos que além de oferendas
também use as roupas com uma tonalidade de amarelo, recomendamos
para as mulheres além das peças em amarelo vocês podem usar tambem,
aquelas que tiverem poder aquisitivo maior, use jóias de ouro amarelo.
Na noite da virada é a noite das oferendas no qual você pode levar para
nossa mãe Oxum uma bandeija com papel de cor amarelo,canjica amarela
quindins, rosas amarelas, um espelho, pente perfume e bijuterias, e as
velas amarela ( 4 ou 8). Escrever pedidos, amarrar com fitas amarelas,
levar num rio ou numa lagoa ou cachoeira. Além das oferendas tenha em
sua mesa várias qualidades de frutas e docês, pois significam fartura.
O ano de 2011 será um ano de libertação, o emocional envolto de liberdade
clama por um espírito mais leve. Acima de tudo será um ano em que as
mudanças estarão em seu favor caso deseje mudar nos diversos setores,
só tenha cautela que o emocional não o influencie. Tome muito cuidado
para não fazer escolhas erradas sendo ano da mãe Oxum dona das aguas
docê se não houver ganância dos governantes mundiais será um ano de
muita fartura de crescimento em vários setores, cuidar- se da vaidade,
egoísmo e rancor não deixando estes subir a cabeça.
Também será um ano de realizações amorosas,fertilidade..
Mais adiante colocaremos mais detalhes como quais Orixas irão reger o ano
com a Mãe Oxum, fique atento ao blog e as próximas postagens.

Orixas que regem o ano com Oxum em 2011


 

Orixas que regem ano com Oxum
Orixá Xangô: é um dos Orixás mais populares no
Brasil e na África.
Divindade do fogo, do raio e do trovão.
Representa a lei, a justiça e a ordem social.
Xangô decide sobre o bem e o mal, possui a ca-
pacidade de inspirar a aceitação inconteste de,
suas decisões tanto pelo seu poder repressivo co-
mo pela sua retidão e honestidade inquebrantável.
Pois este Orixá representa a lei e a ordem é atra-
vés dele que vem a orientação para serem cumpri-
das as leis terrenas, ele é protetor de todos aque-
les que estão no poder e que agem corretamente
seguindo as leis, este Orixá é o equilíbrio.
Pois este será um ano de represária contra os
malfeitores e será um ano de equilíbrio, mudanças
de leis e cobranças daquelas pessoas que usam
do poder para beneficios próprios.
Atenção teremos que ter cuidado com injustiças
e calunias, cairão muitas pessoas comprometidas
e ocultas principalmente na política, na policia civil
e militar a lei e a ordem será feita contra essas pe-
ssoas corruptas que escondem-se atrás do poder.

Orixá Oyá ( Iansã ): ela é conhecida por sua inde-
pendência e coragem.
Também pelas graças, sexualidade, poder e pai-
xão intensa.
Porém é leal, torna-se um Orixá perigosa para seus
inimigos, pode vir tão suave e fresca como uma brisa
de verão ou violenta e cruel como furacão e causar
devastação total em nosso mundo.
Éla tem a responsabilidade de limpar a atmosfera ao
redor do planeta e proporcionar o equilibrio de gases
para sustentar todas as formas de vida.
Oyá é o único Orixá que não teme os espíritos malé-
ficos é guardiã do reino entre a vida e a morte, é ela
quem dá assistência na transição final; ela pode reter
o espírito da morte ou chama-lo adiante, ela é o últi-
mo suspiro.
É quem comanda nossos lares e alianças.

Orixá Ogum Adiolá: Este orixá é um Orixá que res-
ponde em águas doce e mares rege junto a Oxum,
Yemanja e Oxalá, mesmo sendo ligado a esses
Orixas também é ligado a agricultura, é muito co-
nhecido como Deus da Guerra.
Orixá Ogum é uma figura que se repete em quase
todas as formas conhecidas de mitologias universal
é um dos mais cultuados especialmente por ser asso-
ciado a luta, conquistas; assim como Bará é a figura
mais próxima dos seres humanos que o invocam para
vencer a constante luta cotidiana na terra.


Ogum: além de ser um Orixá da metalurgia e da tecno-
logia é o patrono da força produtiva que retrabalha a
natureza, que transforma o mineral bruto em (ferro) no
aço laminado e suas manifestações práticas (lança,es-
cudo, armas, ferramentas, etc...).
Ogum é considerado protetor de todos os guerreiros e
sua relação com os militares tanto vem do sincretismo
realizado com São Jorge, o santo guerreiro católico,
associado às forças armadas, como da sua figura de
comandante supremo.
Este ano a agricultura terá avanço em determinados
lugares e países, também será um ano que a nossa
justiça tomará atitudes vigorosas com a criminalidade
e a corrupção.


Bará Agelú: tambem regerá o ano, este Orixá, na he-
rarquia religiosa é um Bará que trabalha em vários se-
tores da nossa vida material que nos encaminha para
a prosperidade é o mensageiro divino dos templos,
casas e cidades, ele responde em praias praças, etc.
É um Orixá protetor dos fracos e oprimidos, também
considerado guardião de todas as crianças por ser
uma entidade que responde junto com Ogum adiolá,
Oxum, Yemanja e Oxalá.

Novamente peço aos governantes que tenham mais fé
no Criador e nos Orixás, para que o ano 2011 seja um
ano de muita prosperidade em todos os setores que
beneficiem a todos aqueles que tem seus bens, não
esquecendo dos menos favorecidos, cuidar mais da
saúde pública, da educação, gerar mais empregos,
que Deus e os Orixás iluminem as vossas mentes.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

OS CABOCLOS E CABOCLAS


Originalmente, a palavra Caboclo significa mestiço de Branco com Índio mas, na percepção umbandista, refere-se aos indígenas que em épocas remotas habitaram diversas partes do planeta, como civilizações aparentemente primitivas, mas na realidade de grande sabedoria. Espíritos que, embora em sua encarnações tenham vivido em outros países, identificam-se espiritualmente na vibração dos Caboclos, como por exemplo, os índios Americanos, os Astecas,  os Maias, os Incas e demais indígenas que povoaram a América do Sul.
Falar em Caboclos na Umbanda, é fazer menção a todos eles que, com denominações diversas, atuam em nossos terreiros e que, com humildade, como muito bem recomenda a espiritualidade, omitem detalhes referentes às suas vidas quando encarnados.
   
 
Na Umbanda, os Caboclos constituem uma falange e, como tal, penetram em todas as linhas, atuando em diversas virações. Entretanto, cada um deles tem uma vibração originária, que pode ser ou não aquela em que ele atua.
Antigamente existia a concepção de que todo Caboclo seria um Oxóssi, ou seja, viria sob a vibração deste Orixá. Porêm em nossa percepção, compreendemos que Caboclos diferentes, possuem Vibrações Originais Diferentes, podendo se apresentar sob a Vibração de Ogum, de Xangô, de Oxóssi ou Omulu. Já as Caboclas, podem se apresentar sob as Vibrações de Iemanjá, de Oxum, de Iansã ou de Nanã.
Não há necessidade da Vibração do Caboclo-guia, coincidir com a do Orixá dono da coroa do médium: o guia pode ser, por exemplo, de Ogum, e atuar em um sensitivo que é filho de Oxóssi; apenas neste caso, a entidade, embora sendo de Ogum, assimilará a vibração de Oxóssi.
 Embora existam diferenças  entre os nomes encontrados por diferentes pesquisadores para as entidades, em relação as suas Vibrações Originais, apresentamos a seguir uma relação que nos parece a mais próxima de uma realidade:
 

Caboclos de Ogum:
 
Águia Branca, Águia Dourada, Águia Solitária, Araribóia, Beira-Mar, Caboclo da Mata, Icaraí, Caiçaras Guaraci, Ipojucan, Itapoã, Jaguaré, Rompe-mato, Rompe-nuvem, Sete Matas, Sete Ondas, Tamoio, Tabajara, Tupuruplata, Ubirajara, Rompe-Ferro, Rompe-Aço
 

Caboclos de Xangô:
 
Araúna, Cajá, Caramuru, Cobra Coral, Caboclo do Sol, Girassol, Guaraná, Guará, Goitacaz, Jupará, Janguar, Rompe-Serra, Sete Caminhos, Sete Cachoeiras, Sete Montanhas, Sete Estrelas, Sete Luas, Tupi, Treme-Terra, Sultão das Matas, Cachoeirinha, Mirim, Urubatão da Guia, Urubatão, Ubiratan, Cholapur.
 

Caboclos de Oxóssi:
 
Caboclo da Lua, Arruda, Aimoré, Boiadeiro, Ubá, Caçador, Arapuí, Japiassu, Junco Verde, Javari, Mata Virgem, Pena Branca, Pena Dourada, Pena Verde, Pena Azul, Rompe-folha, Rei da Mata, Guarani, Sete Flechas, Flecheiro, Folha Verde,, Tupinambá, Tupaíba, Tupiara, Tapuia, Serra Azul, Paraguassu, Sete Encruzilhadas.
 

Caboclos de Omulu:
 
Arranca-Toco, Acuré, Aimbiré, Bugre, Guiné, Gira-Mundo, Iucatan, Jupuri, Uiratan, Alho-d'água, Pedra Branca, Pedra Preta, Laçador, Roxo, Grajaúna, Bacuí, Piraí, Suri, Serra Verde, Serra Negra, Tira-teima, Seta-Águias, Tibiriçá, Vira-Mundo, Ventania.
 

Caboclas de Iansã:
Bartira, Jussara, Jurema, Japotira, Maíra, Ivotice, Valquíria, Raio de Luz, Palina, Poti, Talina, Potira

Caboclas de Iemanjá:
Diloé, Cabocla da Praia, Estrela d'Alva, Guaraciaba, Janaína, Jandira, Jacira, Jaci, Sete Ondas, Sol Nascente

Caboclas de Oxum:
Iracema, Imaiá Jaceguaia, Juruema, Juruena, Jupira, Jandaia, Araguaia, Estrela da Manhã, Tunué, Mirini, Suê

Caboclas de Nanã:
 
Assucena, Inaíra, Juçanã, Janira, Juraci, Jutira, Luana, Muraquitan, Sumarajé, Xista, Paraquassu

Caboclinhos da Ibeijada:
Nesta querida falange, encontramos os Caboclinhos e Caboclinhas do Mato que se manifestam em sua forma indígena.
  


  
Algumas caracteristicas da Vibração dos Caboclos e Caboclas
 
Hábitat
Normalmente Matas Altas, Coqueiros, Eucaliptos, etc..
Vibração
 Ajuda espiritual e material
Assuntos Relacionados
 Todos
Atuação
 Ajuda em todos os campos
Parte do Corpo
 Todo o corpo
Essências
Eucalipto, Girassol ( P/ Caboclos)
Pinho, Bálsamo-de-tolu ( P/ Caboclas)
Cores
 Vermelho, Verde e Branco
Pedras
 Quartzo Verde-escuro.
Metal
 Ferro, Aço, Manganês, Zinco
Flores
 Girasol, Flor de Ipê, etc..
Banhos de descarrego
 Essência de Eucalipto
Libação
 Água com Mel
Imantação
Predomina a espiga de Milho
Guias
Para médiuns que tem um Caboclo como Guia:
117 contas ( alternando 3 vermelhas, 3 Verdes e 3 Brancas)
Para médiuns que tem uma Caboclo como Guia:
126 contas ( alternando 7 Brancas, 7 Vermelhas e 7 Verdes)

O Médium de Umbanda







O médium de Umbanda, ainda que muitos não o valorize, é o ponto chave do ritual de Umbanda no plano material.

E por sê-lo, deve merecer dos filhos de Fé já maduros (iniciados) toda atenção, carinho e respeito quando adentram no espaço interno das tendas, pois é mais um filho da Umbanda que é “dado” à luz. E tal como quando a generosa mãe dá à luz mais um filho, onde tanto o pai quanto os irmãos se acercam do recém-nascido e o cobrem de bênçãos, amor, carinho e... compreensão para com seus choros, o novo filho de Fé ainda é uma criança que veio à luz e precisa de amparo e todos os cuidados devido à sua ainda frágil constituição íntima e emocional.

Do lado espiritual, todo o apoio lhe é dado, pois nós, os espíritos guias deles, sabemos que este é o período em que mais frágil se sente um ser que traz a mediunidade.

Para um médium iniciante, este é um momento único em sua vida, e também um período de transição, onde todos os seus valores religiosos anteriores de nada lhe valem, pois outros valores lhe estão sendo apresentados.

Para todos os seres humanos este é um período extremamente delicado em suas vidas. E não são poucos os médiuns que se decepcionam com a falta de compreensão para com sua fragilidade diante do novo e do ainda desconhecido.

É tão comum uma pessoa dotada de forte mediunidade e de grandes medos, ser vista como “fraca” de cabeça pelos já “tarimbados” médiuns. Mas estes não param para pensar um pouco no que realmente incomoda o novo irmão e, com isto, o Ritual de Umbanda Sagrada vê mais um dos seus recém-nascidos filhos perecer na maior angústia, e socorre-se a outros rituais que primam pela ignorância do mundo espiritual e sufocam nos seus fiéis, seus mais elementares dons naturais.

Muitos apregoam que tantos e tantos brasileiros são umbandista, e que isto demonstra o vigor da religião umbandista. Mas, infelizmente, isto não é verdade, e só serve para diminuir o que poderia ser uma grande verdade.

Vários milhões de brasileiros já assumiram suas mediunidades por completo e são médiuns praticantes, que incorporam regularmente seus guias dentro das tendas onde trabalham, ou nas suas reuniões mais íntimas em suas próprias casas.

Mas alguns milhões de filhos de Fé com um potencial mediúnico magnífico já foram perdidos para outros rituais, porque os diretores das tendas não deram a devida atenção ao “fator médium” do ritual de Umbanda, assim como não atentaram para o fato de que aqueles que lhes são apresentados pelos guias zeladores dos novos médiuns, se lhes são enviados, o são pelo próprio espírito universal e universalista que anima a Umbanda Sagrada, e que é o seu espírito religioso, que no lado espiritual tem meios sutis de atuar sobre um filho de Fé, mas no lado material depende fundamentalmente dos pais e mães no Santo, animadores materiais desse corpo invisível, mas ativo e totalmente religioso.

É tão comum vermos médiuns já “iniciados” que não tem a menor noção da existência desse corpo religioso umbandista que se move através do plasma universal que é Deus, é fé e é religiosidade. “Eu sou filho de tal orixá...”, e pronto! Sua fé acaba a partir daí, e sua ligação com este plasma divinizado numa religião fica restrito a isto: “Eu sou filho de tal orixá”.

Incorpora seus guias, estes trabalham, e maravilhosamente, pois estão em comunhão total com este espírito ativo que é o corpo religioso umbandista, corpo este que assume a forma de orixás ou de seus pontos de forças, mas que não deixam de irradiar essa energia divina chamada “Fé”.

O ritual é aberto a todas as manifestações, mas o lado material (médiuns) tem de ser esclarecido de que as manifestações só acontecem por causa desse espírito religioso invisível conhecido por Ritual de Umbanda Sagrada, e que fora dele não há manifestações, mas tão somente possessões espirituais.

É este espírito invisível que sustenta todas as manifestações, quando em nome da Umbanda Sagrada são realizados.

Houve um tempo em que os orixás foram sincretizados com santos católicos, pois aí a concretização do ritual aconteceria. As imagens “mascaravam” a verdade oculta e as perseguições religiosas, políticas e policiais foram abrandadas.

Mas, atualmente, isto já não é preciso como meio de expansão da Umbanda Sagrada. Hoje já existe liberdade suficiente para que todos digam abertamente: “Sou um filho de Fé, sou um filho de Umbanda!”.

Mas para que isso possa ser realmente dito, é chegado o tempo de a Umbanda deixar de perder seus filhos recém-nascidos para religiões que ainda recorrem a princípios medievais, quando não obscurantistas.

Há de ser criada uma forte linha de fé doutrinadora dos sentimentos religiosos dos filhos de Fé, pois só assim a Umbanda Sagrada sairá do interior das tendas e dos lares e abarcará, num movimento abrangente e envolvedor, os milhões de irmãos que afluem às tendas ou aos médiuns à procura de uma palavra de consolo, conforto ou esclarecimento.

É chegado o momento de todos os médiuns, diretores espirituais, dirigentes espirituais e pais e mães no Santo, imprimirem aos seus trabalhos mais uma vertente da Umbanda Sagrada: a doutrinação dos irmãos e irmãs que afluem às tendas nos dias de trabalho.

É preciso uma conscientização dos pais e mães no Santo de que os necessitados, os aflitos, os carentes afluirão não só às tendas de Umbanda, mas também a todas as outras portas abertas onde há uma promessa, um vislumbre de socorro imediato. Mas só aquelas portas que, a par do socorro imediato, oferecerem uma luz para toda a vida, alcançarão seu real objetivo, pois a par do imediato também oferecem o bem duradouro, que é a fé forte numa religião. E a Umbanda Sagrada é uma religião!

Por isso ela tem de sair das tendas e conquistar corações dos que a ela afluem nos dias de trabalho, e conquistar o respeito e a confiança de todos os cidadãos no seu trabalho de doutrinação e salvação de almas.

Nós temos acompanhado com carinho e atenção os irmãos umbandistas que têm oferecido a maior parte de suas vidas a esta necessidade da religião umbandista – abençoados sãos estes verdadeiros filhos de Umbanda, mas temos acompanhado a vida de todos os pais e mães no Santo e temos visto que bloqueiam a si próprios e às suas potencialidades doutrinadoras dentro da Umbanda Sagrada, quando limitam a si e sua religião aos trabalhos dentro de suas tendas, quando os seus guias incorporam e trabalham.

Limitam-se só a isto e limitam à própria religião umbandista, pois não concedem a si próprios as qualidades que seus orixás lhes mostram que são possuidores. Muitos filhos de Fé, movidos de nobres e dignificantes intenções, buscam nas línguas a explicação do termo “Umbanda”. Alguns chegam a mergulhar no passado ancestral em busca do real significado desta palavra.

Nada a opor de nossa parte, mas melhor fariam e mais louvável aos olhos dos orixás seriam seus esforços, caso já tivessem atinado com o real e verdadeiro sentido do termo “Umbanda”.

Umbanda significa: o sacerdócio em si mesmo, na m'banda, no médium que sabe lidar tanto com os espíritos quanto com a natureza humana. Umbanda é o portador das qualidades, atributos e atribuições que lhe são conferidas pelos Senhores da natureza; os orixás! Umbanda é o veículo de comunicação entre os espíritos e os encarnados, e só um Umbanda está apto a incorporar tanto os do Alto, quanto os do Embaixo, assim como os do Meio, pois ele é, em si mesmo, um templo.



• Umbanda é sinônimo de poder ativo.

• Umbanda é sinônimo de curador.

• Umbanda é sinônimo de conselheiro.

• Umbanda é sinônimo de intermediador.

• Umbanda é sinônimo de filho de Fé.

• Umbanda é sinônimo de sacerdote.

• Umbanda é a religiosidade do religioso.

Umbanda é o veículo, pois trazem em si os dons naturais, pelos quais os encantados da natureza falam aos espíritos humanos encarnados.

Umbanda é o sacerdote atuante, que traz em si todos os recursos dos templos de tijolo, pedras ou concreto armado.

Umbanda é o mais belo dos templos, onde Deus mais aprecia ser manifestado, ou mesmo onde mais aprecia estar: no intimo do ser humano.

Umbandas foram os primeiros espíritos dos sacerdotes, que aos poucos foram criando para si, no íntimo dos médiuns filhos de Santo já preparados para recebe-los, uma linha tão poderosa, mas tão poderosa que realizavam curas milagrosas nos freqüentadores dos terreiros de “macumba”.

Umbandas eram os caboclos índios que dominavam os quiumbas e libertavam os espíritos encarnados de obsessores vingativos e perseguidores.

Umbandas eram os pretos-velhos que baixavam nas “mesas brancas” e faziam revelações que não só deixavam admirados quem os ouviam, mas encantavam também.

Umbandas eram os exus e pombas-giras brincalhões, debochados e francos, tanto quanto os encarnados, pois falavam a estes de igual para igual, e com isso iam rompendo o temor dos filhos de Santo para com seus “santos”.

Umbanda era o inicio do rompimento da casca grossa da rituália de culto aos eguns (os sacerdotes) já no outro lado da vida.

Umbanda o sacerdócio; embanda, o chefe do culto; Umbanda, o ritual aberto do culto dos ancestrais.

Umbanda, onde na banda do “Um”, mais um todos nós somos, pois tudo o que nos cerca, através de nós pode se manifestar.

Umbanda, na banda do “Um” , um todos são e sempre serão, desde que limpem seus templos íntimos dos tabus a respeitos dos orixás e os absorvam através da luz divina que irradiam seus mistérios. Daí em diante, serão todos “mais um”, plenos portadores dos mistérios dos orixás.

Na Umbanda, o médium não é esvaziado, mas tão somente enriquecido com a riqueza espiritual de todos os orixás.

Umbanda provém de “m'banda”, o sacerdote, o curador.

Umbanda é sacerdócio na mais completa acepção da palavra, pois coloca o médium na posição de “doador” das qualidades de seus orixás, que impossibilitados de falarem diretamente ao povo, falam a partir de seus templos humanos: os filhos de Fé!

Despertem para esta verdade, pais e mês de Santo! Olhem para todos os que chegam até vocês, não como seres perturbados, mas sim como irmãos em Oxalá que desejam dar “passagem” às forças da natureza que lhes chegam, mas encontram seus templos (mediunidade) ocupados por escolhos inculcados neles, através de séculos e séculos que estiveram afastados de seus ancestrais orixás. Não inculquem mais escolhos dizendo a eles que tem orixá brigando pela cabeça deles, ou que exu está cobrando alguma coisa.

Tratem os filhos que Olorum, o Incriado, lhes envia com o mesmo amor, carinho e cuidados que devotam a seus filhos encarnados.

Cuidem deles; transmitam a eles amor aos orixás, pois orixá é o amor do Criador às Suas criaturas.

Ensinem-lhes que, na lei de Oxalá, ninguém é superior a ninguém, pois na banda do “Um”, mais um todos são.

Mostrem-lhes que orixá é um santo, mas é mais do que isso: orixá é a natureza divina se manifestando de forma humana, para os espíritos humanos.

Não percam tempo tentando contar lendas do tempo de cativeiro, quando irmãos de cultos diferentes, raças diferentes e formações as mais diversas possíveis, eram reunidos numa só senzala e evitavam a mistura dos orixás com medo de perderem seus últimos vestígios humanos: seus “santos” de cabeça e de fé. O tempo da escravidão já é passado e Umbanda é liberdade de manifestação dos orixás através dos seus veículos naturais; os médiuns.

Ensinem-lhes que, se estão aptos a incorporarem o “seu” pai de cabeça, também estão aptos a serem as moradas de todos os outros “pais”, pois orixá é antes de qualquer coisa e acima de tudo, isto: senhor da cabeça. É senhor da coroa luminosa que paira em torno do mental purificado do filho de Fé já liberto dos escolhos que o mantinham acorrentado e escravizado a tabus e dogmas religiosos, que antes de tudo visavam impedi-lo de ser mais um na banda do “Um”, e mantê-lo na eterna dependência da vontade dos carnais senhores dos cultos ao Criador, onde um é o pastor e os restantes, só rebanho, ovelhas mesmo!

Digam que na banda do “Um”, o rebanho é composto só de pastores, pois “Umbanda” é sacerdócio.

Esclareçam ao filho recém-chegado que se sente incomodado, que isto não é nada ruim, pois há todo um santuário aprisionado em seu intimo que está tentando explodir através de sua mediunidade magnífica.

Conversem demoradamente com ele e procurem mostrar-lhe que Umbanda não é a panacéia para todos os males do corpo e da matéria, mas sim o aflorar da espiritualização sufocada por milênios e milênios de ignorância e descaso para com as coisas do espírito.

Expliquem que pode fazer o que quiser com seu corpo material, mas deve preservar sua coroa (cabeça), pois é nela que a luz dos orixás lhe chega e o liberta dos vícios da carne e do materialismo brutal.

Ensinem-lhe que, como templos, deve manter limpo seu íntimo, pois nesse íntimo há uma centelha divina animada pelo fogo divino que a tudo purifica, e que o purificará sempre que entregar sua coroa ao seu orixá. Instrua-os com seu mentor guia chefe, irmãos e irmãs (pais e mães de Santo).

Estabeleçam um dia da semana ou do mês dedicado exclusivamente a um guia doutrinador que lhe falará da Umbanda a partir da visão mais acurada desta religião, em que os fiéis são mais que fiéis: são “meios” onde toda uma gama magnífica de seres de altíssima evolução se manifestam como humildes pretos-velhos, garbosos mas amáveis caboclos, inocentes crianças ou humanos exus e pombas-giras. Sim porque nós conhecemos irmãos exus que possuem muito mais luz do que vocês imaginam. E se preferem atuar como exus, é porque assim, bem humanos, chegam mais rápido até onde desejam: aos consulentes sofredores e veículos de espíritos sofredores afins.

Ensinem aos médiuns que eles trazem consigo mesmo todo um templo já santificado e que nele se assentam os orixás sagrados. E que através desse templo muitas vozes podem falar, e serem ouvidas pois Umbanda provem de Embanda: sacerdote!

E o médium é um sacerdote, um embanda, um Umbanda, ou mais um na banda do um, a Umbanda!

Fonte: (Texto extraído do livro “O código de Umbanda” – obra inspirada pelos mestres da Luz: Senhor Ogum Beira-Mar, Pai Benedito de Aruanda. Li-Mahi-An-Seri-yê, Seiman Hamiser yê e Mestre Anaanda e psicog. por Rubens Saraceni).

Conhecendo as Crianças






São a alegria que contagia a Umbanda. Descem nos terreiros simbolizando a pureza, a inocência e a singeleza. Seus trabalhos se resumem em brincadeiras e divertimentos. Podemos pedir-lhes ajuda para os nossos filhos, resolução de problemas, fazer confidências, mexericos, mas nunca para o mal, pois eles não atendem pedidos dessa natureza. São espíritos que já estiveram encarnados na terra e que optaram por continuar sua evolução espiritual através da prática de caridade, incorporando em médiuns nos terreiros de Umbanda. Em sua maioria, foram espíritos que desencarnaram com pouca idade (terrena), por isso trazem características de sua última encarnação, como o trejeito e a fala de criança, o gosto por brinquedos e doces.
Assim como todos os servidores dos Orixás, elas também tem funções bem específicas, e a principal delas é a de mensageiro dos Orixás, sendo extremamente respeitados pelos caboclos e pelos pretos-velhos. É uma falange de espíritos que assumem em forma e modos, a mentalidade infantil. Como no plano material, também no plano espiritual, a criança não se governa, tem sempre que ser tutelada. É a única linha em que a comida de santo (Amalás), leva tempero especial (açúcar). É conhecido nos terreiros de Nação e Candomblé, como (ÊRES ou IBEJI). Na representação nos pontos riscados, Ibeji é livre para utilizar o que melhor lhe aprouver. A linha de Ibeji é tão independente quanto à linha de Exu. Ibeijada, Erês, Dois-Dois, Crianças, Ibejis, são esses vários nomes para essas entidades que se apresentam de maneira infantil.

No Candomblé, o Erê, tem uma função muito importante. Como o Orixá não fala, é ele quem vem para dar os recados do pai. É normalmente muito irrequieto, barulhento, às vezes brigão, não gosta de tomar banho, e nas festas se não for contido pode literalmente botar fogo no oceano. Ainda no Candomblé, o Erê tem muitas outras funções, o Yaô, virado no Erê, pode fazer tudo o que o Orixá não pode, até mesmo as funções fisiológicas do médium, ele pode fazer. O Erê muitas vezes em casos de necessidade extrema ou perigo para o médium, pode manifestar-se e trazê-lo para a roça, pegando até mesmo uma condução se for o caso.

Na Umbanda mais uma vez, vemos a diferença entre as entidades/divindades. A Criança na Umbanda é apenas uma manifestação de um espírito cujo desencarne normalmente se deu em idades infanto-juvenis. São tão barulhentos como os Erês, embora alguns são bem mais tranqüilos e comportados. No Candomblé, os Erês, tem normalmente nomes ligados ao dono da coroa do médium. Para os filhos de Obaluaiê, Pipocão, Formigão, para os de Oxossi, Pingo Verde, Folinha Verde, para os de Oxum, Rosinha, para os de Yemanjá, Conchinha Dourada e por ai vai. As Crianças da Umbanda tem os nomes relacionados normalmente a nomes comums, normalmente brasileiros. Rosinha, Mariazinha, Ritinha, Pedrinho, Paulinho, Cosminho, etc...

As crianças de Umbanda comem bolos, balas, refrigerantes, normalmente guaraná e frutas, os Erês do Candomblé além desses, comem frangos e outras comidas ritualisticas como o Caruru, etc... Isso não quer dizer que uma Criança de Umbanda não poderá comer Caruru, por exemplo.

Com Criança tudo pode acontecer. Quando incorporadas em um médium, gostam de brincar, correr e fazer brincadeiras (arte) como qualquer criança. É necessária muita concentração do médium (consciente), para não deixar que estas brincadeiras atrapalhem na mensagem a ser transmitida. Os "meninos" são em sua maioria mais bagunceiros, enquanto que as "meninas" são mais quietas e calminhas. Alguns deles incorporam pulando e gritando, outros descem chorando, outros estão sempre com fome, etc... Estas características, que às vezes nos passam desapercebido, são sempre formas que eles têm de exercer uma função específica, como a de descarregar o médium, o terreiro ou alguém da assistência. Os pedidos feitos a uma criança incorporada normalmente são atendidos de maneira bastante rápida. Entretanto a cobrança que elas fazem dos presentes prometidos também é. Nunca prometa um presente a uma criança e não o dê assim que seu pedido for atendido, pois a "brincadeira" (cobrança) que ela fará para lhe lembrar do prometido pode não ser tão "engraçada" assim.

Poucos são aqueles que dão importância devida às giras das vibrações infantis. A exteriorização da mediunidade é apresentada nesta gira sempre em atitudes infantis. O fato, entretanto, é que uma gira de criança não deve ser interpretada como uma diversão, embora normalmente seja realizada em dias festivos, e às vezes não consegamos conter os risos diante das palavras e atitudes que as crianças tomam. Mesmo com tantas diferenças é possível notar-se a maior características de todos, que é mesmo a atitude infantil, o apego a brinquedos, bonecas, chupetas, carrinhos e bolas, como os quais fazem as festas nos terreiros, com as crianças comuns que lá vão a busca de tais brinquedos e guloseimas nos dias apropriados. A festa de Cosme e Damião, santos católicos sincretizados com Ibeiji, à 27 de Setembro é muito concorrida em quase todos os terreiros do pais.

Uma curiosidade: Cosme e Damião foram os primeiros santos a terem uma igreja erigida para seu culto no Brasil. Ela foi construída em Igarassu, Pernambuco e ainda existe. Não gostam de desmanchar demandas, nem de fazer desobsessões. Preferem as consultas, e em seu decorrer vão trabalhando com seu elemento de ação sobre o consulente, modificando e equilibrando sua vibração, regenerando os pontos de entrada de energia do corpo humano. Esses seres, mesmo sendo puros, não são tolos, pois identificam muito rapidamente nossos erros e falhas humanas. E não se calam quando em consulta, pois nos alertam sobre eles. Muitas entidades que atuam sob as vestes de um espírito infantil, são muito amigas e têm mais poder do que imaginamos. Mas como não são levadas muito a sério, o seu poder de ação fica oculto, são conselheiros e curadores, por isso foram associadas à Cosme e Damião, curadores que trabalhavam com a magia dos elementos.


MAGIA DA CRIANÇA


O elemento e força da natureza correspondente a Ibeji são... todos, pois ele poderá, de acordo com a necessidade, utilizar qualquer dos elementos. Eles manipulam as energias elementais e são portadores naturais de poderes só encontrados nos próprios Orixás que os regem. Estas entidades são a verdadeira expressão da alegria e da honestidade, dessa forma, apesar da aparência frágil, são verdadeiros magos e conseguem atingir o seu objetivo com uma força imensa, atuam em qualquer tipo de trabalho, mas, são mais procurados para os casos de família e gravidez. A Falange das Crianças é uma das poucas falanges que consegue dominar a magia. Embora as crianças brinquem, dancem e cantem, exigem respeito para o seu trabalho, pois atrás dessa vibração infantil, se escondem espíritos de extraordinários conhecimentos. Imaginem uma criança com menos de sete anos possuir a experiência e a vivência de um homem velho e ainda gozar a imunidade própria dos inocentes. A entidade conhecida na umbanda por erê é assim. Faz tipo de criança, pedindo como material de trabalho chupetas, bonecas, bolinhas de gude, doces, balas e as famosas águas de bolinhas -o refrigerante e trata a todos como tio e vô. Os erês são, via de regra, responsáveis pela limpeza espiritual do terreiro.


ONDE MORAM AS CRIANÇAS


A respeito das crianças desencarnadas, passamos a adaptar um interessante texto de Leadbeater, do seu livro "O que há além da Morte". "A vida das crianças no mundo espiritual é de extrema felicidade. O espírito que se desprende de seu corpo físico com apenas alguns meses de idade, não se acostumou a esse e aos demais veículos inferiores, e assim a curta existência que tenha nos mundos astral e mental lhe será praticamente inconsciente. Mas o menino que tenha tido alguns anos de existência, quando já é capaz de gozos e prazeres inocentes, encontrará plenamente nos planos espirituais as coisas que deseje.

A população infantil do mundo espiritual é vasta e feliz, a ponto de nenhum de seus membros sentir o tempo passar. As almas bondosas que amaram seus filhos continuam a amá-los ali, embora as crianças já não tenham corpo físico, e acompanham-nas em seus brinquedos ou em adverti-las a evitar aproximarem-se de quadros pouco agradáveis do mundo astral." "Quando nossos corpos físicos adormecem, acordamos no mundo das crianças e com elas falamos como antigamente, de modo que a única diferença real é que nossa noite se tornou dia para elas, quando nos encontram e falam, ao passo que nosso dia lhes parece uma noite durante a qual estamos temporariamente separados delas, tal qual os amigos se separam quando se recolhem à noite para os seus dormitórios.

Assim, as crianças jamais acham falta do seu pai ou mãe, de seus amigos ou animais de estimação, que durante o sono estão sempre em sua companhia como antes, e mesmo estão em relações mais íntimas e atraentes, por descobrirem muito mais da natureza de todos eles e os conhecerem melhor que antes. E podemos estar certos de que durante o dia elas estão cheias de companheiros novos de divertimento e de amigos adultos que velam socialmente por elas e suas necessidades, tomando-as intensamente felizes." Assim é a vida espiritual das crianças que desencarnaram e aguardam, sempre felizes, acompanhadas e protegidas, uma nova encarnação. É claro que essas crianças, existindo dessa maneira, sentem-se profundamente entristecidas e constrangidas ao depararem-se com seus pais, amigos e parentes lamentando suas mortes físicas com gritos de desespero e manifestações de pesar ruidosas que a nada conduzem. O conhecimento da vida espiritual nos mostra que devemos nos controlar e nos apresentar sempre tranqüilos e seguros às crianças que amamos e que deixaram a vida física. Isso certamente as fará mais felizes e despreocupadas.

UMBANDA E SUA HISTÓRIA NO BRASI

A palavra Umbanda é um vocábulo sagrado da língua Abanheenga, que era falada pelos integrantes do tronco Tupy. Diferentemente do que alguns acreditam, este termo não foi trazido da África pelos escravos. Na verdade, encontram-se registros de sua utilização apenas depois de 1934, entre os cultos de origem afro-ameríndia. Antes disto, somente alguns radicais eram reconhecidos na Ásia e África, porém sem a conotação de um Sistema de Conhecimento baseado na apreensão sintética da Filosofia, da Ciência, da Arte e da Religião.




O termo Umbanda, considerado a "Palavra Perdida" de Agartha, foi revelado por Espíritos integrantes da Confraria dos Espíritos Ancestrais. Estes espíritos são Seres que há muito não encarnam por terem atingido um alto grau de evolução, mas dignam-se em baixar nos templos de Umbanda para trazer a Luz do Conhecimento, em nome de Oxalá - O Cristo Jesus. Utilizam-se da mediunidade de encarnados previamente comprometidos em servir de veículos para sua manifestação.



Os radicais que compõem o mote UMBANDA são, respectivamente: AUM - BAN - DAN. Sua tradução pode ser ncomprovada através do alfabeto Adâmico ou Vattânico revelado ao Ocidente pelo Marquês Alexandre Saint-Yves d'Alveydre, na sua obra "O Arqueômetro".



AUM significa "A Divindade Suprema", seu símbolo sendo amplamente conhecido:






BAN significa "Conjunto ou Sistema", em Adâmico é representado da seguinte forma:






DAN significa "Regra ou Lei", sua expressão gráfica apresenta-se como se segue:






A união destes princípios radicais, ou AUMBANDAN, significa "O Conjunto das Leis Divinas", sintetizado no sinal abaixo:






Portanto, o AUMBANDAN ou Conjunto das Leis Divinas é a Proto-Síntese Cósmica, encerra em si os princípios geradores do Universo, que são a Sabedoria e o Amor Divinos. Estende-se ao Ser Humano como a Proto-Síntese Religio-Científica que contem e dá origem aos quatro pilares do conhecimento humano, ditos como filosofia, ciência, arte e religião.



Pelo acima exposto, entendemos que a Umbanda é patrimônio dos Seres Espirituais de Alta Evolução que governam o Planeta Terra, os Seres Humanos encarnados e desencarnados são herdeiros deste Conhecimento-Uno. Entretanto, a aquisição deste conhecimento cósmico depende de condições ou pré-requisitos que o indivíduo deve possuir para que possa compreender a extensão e significado deste patrimônio. Deve ser, também, capaz de participar efetivamente da marcha evolutiva do Planeta como um espírito de horizontes largos e consciência cósmica.



Ao processo de amplificação da consciência que conduz à integração do Ser neste contexto denomina-se Processo Iniciático ou Iniciação, no qual o pretendente busca o início das Causas e Origens do nosso Universo a partir do conhecimento de si mesmo e das Leis que regem o Macrocosmo.



O Movimento Umbandista é um Movimento Filo-Religioso que visa resgatar o Conhecimento - UNO ou AUMBANDAN, sua divulgação é estimulada pelo Círculo Cósmico de Umbanda e seus aspectos internos ou iniciáticos tem suas raizes fundadas na Ordem Iniciática do Cruzeiro Divino, um Templo-Escola da Alta Iniciação de Umbanda.





- História do Movimento Umbandista no Brasil

- Aspectos Básicos da Doutrina de Umbanda

- Mediunidade e Iniciação na visão da Umbanda

- A Organização de um Terreiro de Umbanda

- Os Orixás e as Entidades na Umbanda

- As diferenças entre a Umbanda e o Candomblé









História do Movimento Umbandista no Brasil



O Movimento Umbandista é um movimento filo-religioso surgido no final do século XIX , no Brasil, quando entidades espirituais, integrantes da Confraria dos Espíritos Ancestrais, passaram a manifestar-se, pela mediunidade, em rituais de cultos praticados por Africanos e Indígenas, miscigenados com elementos do catolicismo introduzidos pela Raça Branca.



Na verdade, a eclosão do Movimento Umbandista foi decorrência das necessidades cármicas que fizeram reunir, no solo brasileiro, representantes das raças branca, amarela, negra e remanescentes da vermelha. Assim, o Brasil possibilitou o encontro de coletividades que alimentavam rivalidades entre si e, de alguma forma, mantinham em seus sistemas religiosos, fragmentos do Conhecimento Verdadeiro usurpado pela humanidade em sua odisséia terrena.



O Brasil, conhecido pelos índios pré-cabralinos como BARA - TZIL ( Terra da Cruz ou Terra da Luz) , deveria ser o local do surgimento do Movimento Umbandista porquê, originalmente, havia recebido a revelação do Aumbandan na época dos Lêmures, no apogeu da Raça Vermelha, no Tronco Tupy. Foi aqui também que a Tradição foi deturpada em sua essência, consubstanciando-se na Cisão do Tronco Tupy nos grupos Tupy-Nambá e Tupy-Guarany que defendiam, respectivamente, o Princípio Espiritual e o Princípio Natural. Embora os Tupys tenham, algum tempo depois, voltado ao seu caminho evolutivo original, os resultados de sua Cisão ainda se fazem sentir até hoje, persistindo na mentalidade humana o dilema entre o Espírito e a Matéria.



Aqueles seres do Tronco Tupy não mais encarnam no Planeta e mesmo poderiam partir para outros locais mais evoluidos do Universo, entretanto, optaram por trabalhar em prol da Humanidade, auxiliando-a a encontrar sua via justa de evolução, restabelecendo a Tradição-Una, o Aumbandan.



Para servir a este propósito, o Governo Oculto do Planeta, no momento adequado, lançou as sementes do Movimento Umbandista, visando inicialmente o Brasil, para futuramente revelar os aspectos cósmicos da Doutrina para todos os povos. E assim, por dentro dos cultos degenerados de várias raças existentes no Brasil, passaram então a manifestar-se pela incorporação, os Espíritos Ancestrais da Humanidade que se apresentavam, inicialmente, na forma de Indios e, depois, também na forma de Pretos-Velhos e Crianças. Apresentavam-se desta forma para atingir mais facilmente a coletividade brasileira, que se identificava, sincreticamente, com estes arquétipos da Simplicidade, da Humildade e da Pureza.



O aparecimento destas entidades veio a configurar as bases do Movimento Umbandista, que recebeu uma primeira organização ritualística a partir de 1908, com o médium Zélio Fernandino de Moraes, tomando o nome inicial de Alabanda e, depois, de Umbanda. Quase 50 anos transcorreram até que, em 1956, o famoso Médium W.W. da Matta e Silva revelou ao público os primeiros aspectos da Doutrina Esotérica de Umbanda marcando a história com o livro Umbanda de Todos Nós.



Atualmente o Movimento Umbandista conta com uma coletividade estimada em 70 milhões de adeptos e simpatizantes, entretanto, números mais precisos sobre esta população são de difícil aquisição devido à própria estrutura do Movimento Umbandista.



Esta estrutura comporta uma infinidade de Terreiros ou Templos com rituais diferentes entre si, consequentes de uma maior ou menor assimilação sincrética de elementos de outras culturas e sistemas filo-religiosos. Este sincretismo visa estabelecer uma ponte de ligação que permita a transição gradual de indivíduos oriundos de outros sistemas para a Umbanda.



Embora o panorama geral propiciado por estas variações ritualísticas possa parecer heterogêneo, esta foi uma estratégia utilizada pelos espíritos da Confraria Cósmica de Umbanda como forma de minimizar as desigualdades sociais e discriminações de qualquer origem. Portanto, o Movimento Umbandista é capaz de receber indivíduos com características e concepções sobre a espiritualidade muito variadas; para cada um deles haverá um Terreiro ou Templo que mais se adapte ao seu nível consciencial.



Como elemento de ligação dos diversos templos, encontra-se a mediunidade através da incorporação de espíritos que se apresentam nas três formas arquetipais de "Caboclos", "Pretos-Velhos" ( mais adequadamente chamados de Pais-Velhos ) e "Crianças". Estas Entidades procuram impulsionar, paulatinamente, as pessoas que procuram os terreiros para patamares superiores de compreensão de si mesmos, do Mundo Material e do Mundo Espiritual. Obviamente, quanto mais sincrético for um terreiro, mais distanciado estará da Essência e mais preso estará à Forma. Mesmo naqueles templos onde predominam a busca da Essência e a verdadeira Iniciação de Umbanda, os rituais abertos ao público apresentam apenas uma ínfima parte da Doutrina, por respeito e caridade aos consulentes, guardando para o interior do Templo os fundamentos que esperam o momento certo para serem revelados.



A partir de 1989, com o lançamento da obra Umbanda - a Proto-síntese Cósmica, que mostrou ângulos inéditos da Umbanda, foi inaugurada uma nova fase do Movimento Umbandista, revelando-se o caráter cósmico desta doutrina. Os rituais dos diversos templos vêm-se modificando, mais adequados à tendência da globalização, que certamente consolidará um Mundo sem fronteiras para os habitantes do Planeta Terra, estabelecendo seus laços de ligação não apenas pelo comércio de bens materiais, mas principalmente pela comunhão de valores espirituais.





Aspectos Básicos da Doutrina de Umbanda



Uma visão geral dos vários tipos de ritual, encontráveis nos terreiros de Umbanda, não mostra prontamente a Doutrina de Umbanda. Isto se deve à presença do sincretismo que mascara a verdadeira Doutrina, de forma a se adaptar às necessidades da população que freqüenta os templos afins. Os princípios que servem de base para todo o Movimento Umbandista são sensíveis, especialmente, nos Templos Iniciáticos e nos rituais internos de alguns terreiros, onde se percebe um interesse maior na busca da evolução espiritual, sem os véus da ilusão ditados pelo mito.



Partindo desta observação, podemos obter duas informações preciosas: A primeira é que, se fôssemos tentar compor uma Doutrina consistente, a partir das manifestações sincréticas, seria impossível atingir um quadro coerente, e mesmo que fosse possível, o mesmo ainda estaria absolutamente distante dos ensinamentos transmitidos pela "corrente iniciática". A segunda informação importante é a de que, excluindo-se as manifestações do sincretismo nos diversos terreiros de Umbanda, é possível isolar determinados pontos de semelhança e conceitos compartilhados, que apontam para um sistema lógico, inicialmente insuspeitado, que encontra-se velado pelo caos aparente.



Dentre as semelhanças existentes entre os diversos terreiros ressalta-se a presença de Seres Espirituais da Corrente Astral de Umbanda que se manifestam pela incorporação nas formas de "Caboclos", "Pretos-velhos" e "Crianças". Este pode-se considerar o ponto básico que serve até como qualificador da doutrina professada por determinado núcleo espiritualista. A homogeneidade no encontro deste fator que eclodiu em coletividades distintas e fez surgir o Movimento Umbandista, leva à conclusão que a Doutrina de Umbanda é fruto da revelação destas entidades através de seus médiuns e não o resultado de uma miscigenação de cultos afro-ameríndios.



A partir desta pedra angular, constrói-se toda a Doutrina de Umbanda, fundada no Tríplice Caminho constituído pela Doutrina Mântrica, pela Doutrina Yântrica e pela Doutrina Tântrica que velam o mistério da Cosmogênese. Todos os processos relacionados à evolução dos Seres Espirituais no Reino Natural são observados à luz destes princípios ternários e através da lei das analogias, aplicados desde o nível microssomático até o macrocósmico.



As entidades que se apresentam na Umbanda vêm personificar a Simplicidade, a Pureza e a Sabedoria, em nome de Oxalá - o Cristo Jesus - o Tutor Máximo do Planeta Terra. Através de seus conselhos, exemplos e mesmo da movimentação das forças naturais, conseguem acender a chama da Fé no coração dos consulentes que procuram os templos de Umbanda. A partir da Fé e da Razão incutem, gradualmente, na coletividade planetária, a compreensão dos mecanismos da reencarnação, das Leis Cármicas, das atrações por afinidade e sintonia e ensinam-nos os meios para caminhar seguramente em direção da nossa própria essência espiritual.



Estas Entidades de grande evolução, na verdade, são nossos Ancestrais Primevos, os primeiros seres a encarnar no Planeta Terra e que eram senhores do Conhecimento Integral já na época de suas encarnações, anteriores aos Atlantes. Toda a Sabedoria Planetária revelou-se como Aumbandan e deu origem, posteriormente a todas as filosofias, ciências, artes e religiões que conhecemos atualmente. É por este motivo que encontramos na Doutrina de Umbanda vários conceitos que ainda foram conservados por alguns setores filo-religiosos.



Na verdade, o surgimento das religiões e todo conhecimento fragmentário da atualidade deveu-se à deturpação e uso inadequado do Conhecimento-Uno existente na época do Tronco Tupy. Por consequência, o homem perdeu a chave deste mistério e da capacidade de compreender, de forma sintética, a vida em suas causas e efeitos.



Na expectativa de reconstruir este conhecimento perdido e de receber os influxos destas portentosas Entidades é que apareceram os Cultos aos Ancestrais Primevos, apregoados pelos grandes patriarcas e iniciados , cujos resquícios se fazem presentes, ainda hoje, em algumas tradições, especialmente as orientais.



Por misericórdia divina, os integrantes da Confraria dos Espíritos Ancestrais vêm trazer as sementes dos novos tempos, manifestando-se através da mediunidade, auxiliando-nos na jornada evolutiva, para que novamente o Aumbandan se faça presente na coletividade terrena.



Mediunidade e Iniciação na visão da Umbanda



Todos nós somos espíritos encarnados e, consequentemente, se perecíveis no corpo físico, imortais em nossa essência que segue sua via evolutiva conforme as Leis Cármicas. Entretanto, ainda estamos muito distantes dos princípios da espiritualidade superior, sendo prova disto a limitação que temos para perceber o Mundo Astral e também a nós mesmos em nossas várias encarnações, sem falar da situação das relações de troca injustas entre humanos e das infames guerras fratricidas.



A Umbanda ensina que sem Caridade não há Salvação e que não se deve esperar a Iluminação sem se desvencilhar do Egoísmo, da Vaidade e do Orgulho. O caminho preconizado é o da Simplicidade, da Humildade e da Pureza. Uma via longa e penosa quando se pretende sair da Ilusão e, realmente, partir para a conquista destes altos valores do espírito, capazes de nos libertar do obscurecimento consciencial a que estamos submetidos.



Tão difícil é esta via que seria praticamente impossível atingir estes objetivos sem o concurso dos Mestres da Simplicidade, da Humildade e da Pureza, transfigurados nas entidades que baixam nos terreiros de Umbanda. Pela nossa condição moral, não haveria como estes Mestres chegarem até nós, a não ser pela mediunidade.



Assim, médiuns são aqueles espíritos que receberam, antes da presente encarnação, determinados ajustes em seu Organismo Astral e nas suas concepções morais, que possibilitem ceder sua constituição física à comunicação mediúnica, trabalhando em prol da Caridade e da evolução, própria e dos seus semelhantes. Este é um compromisso firmado entre este Ser e os Espíritos da Confraria Cósmica de Umbanda antes do nascimento e que deve florescer de maneira natural ao longo da encarnação do indivíduo.



Atualmente, raros são os médiuns com atividades positivas e ligados a Espíritos com ordens e direitos do Astral Superior. Também o grau de atividade da faculdade mediúnica varia entre os médiuns, de acordo com seu grau consciencial e com a sua experiência ao longo das encarnações exercendo esta faculdade.



Deixo claro que não é necessário ser médium para ser umbandista e a mediunidade não é uma dádiva estendida a "eleitos" ao reino dos Céus. Na verdade, os médiuns são espíritos de alguma forma comprometidos carmicamente com a evolução planetária, na maioria devedores antigos que, em maior ou menor grau, são cientes de seus débitos e trabalham para quitá-los perante a Lei.



Alguns destes médiuns são espíritos velhos no Planeta, que embora possam ter-se desviado, em algum momento, da via justa da evolução, carregam consigo considerável experiência e conhecimento, tanto das coisas do espírito como das forças da Natureza e, principalmente, da psicologia humana. Estes são chamados Iniciados, cada um dentro de seu grau, da Corrente Astral de Umbanda.



A Iniciação é um processo contínuo, que se desenvolve no decorrer de várias e várias encarnações dedicadas a este aprendizado, também não acaba nunca pois é infinita a evolução espiritual e cada minúscula porção de conhecimento trazido por um iniciado deve ser fruto da sua própria vivência orientada por mestres. Sim, cada fio de cabelo da cabeça de um Iniciado é contado...



A Iniciação de Umbanda não é vetada a ninguém, todavia pouquíssimos carregam este selo conferido pelas Hostes do Bem, como um legado cármico. Muitos ainda surgirão, e cada vez de maior porte. Àqueles que iniciam agora a jornada, lembro que muitas vidas os aguardam e cada pequeno degrau é alçado às custas de um esforço indescritível, mas não impossível.



Afirmo que não há, na Umbanda, um Sumo-pontífice, embora respeitemos as religiões que têm tal cargo. Nossos pontífices (pontifex-aquele que constroi a ponte até o Divino) são as Entidades que baixam nos terreiros e nos conduzem à nossa essência em nome de Oxalá.



Sei, igualmente, que as Federações e similares, têm um papel predominante de coligações entre humanos encarnados, sem uma maior representatividade espiritual. No entanto, existe uma tendência de que no decorrer do tempo (talvez décadas ou séculos) comece a haver uma profunda união entre os vários templos de Umbanda, fruto do compartilhamento dos mesmos princípios e diretrizes, adaptados às coletividades de cada terreiro.



No futuro, todos os que dirigem terreiros serão verdadeiros Sacerdotes Iniciados de Umbanda e poderão promover um atendimento aos seus consulentes em uma profundidade compatível com seu grau iniciático, podendo o consulente ser encaminhado a outros templos irmanados de acordo com suas necessidades. Enfim, a Umbanda vem mostrando que os laços eternos são os do Espírito...





A Organização de um Terreiro de Umbanda



Na parte espiritual as principais autoridades umbandistas são os pais-de-santo ou mães-de-santo ou madrinhas, que incorporam as entidades, zelam pela manutenção da doutrina e presidem as sessões realizadas no terreiro (o templo). Abaixo deles estão os pais e mães pequenos, filhos ou filhas-de-santo, que também são médiuns. Há ainda os auxiliares de culto, que ajudam a organizar o terreiro e assessoram os pais-de-santo e médiuns de incorporação durante as sessões. Os auxiliares mais conhecidos são :



Cambones : São os médiuns que cuidam do orixá, servindo suas bebidas, comidas, o cigarro ou charuto, suas vestes, escrevendo para ele, enfim auxiliando em todo o trabalho. O cambone é, sem dúvida alguma, o médium mais difícil de doutrinar (aprender), por que ele deve conhecer como é cada orixá , saber o que cada orixá como, o que bebe, saber servir enfim é uma arte.



Ogan : Os ogans são os responsáveis pela "puxada" dos pontos do terreiro. Eles devem ser detentores da sabedoria e reconhecer qual ponto deve ser puxado para qual entidade. Para os ogans a parte que deve ser mais difícil é não saber o que mas sim o quando. Um ogan deve no mínimo conhecer 7 pontos de cada entidade e de cada momento (pontos de abertura, saudações, pontos de bater cabeça, etc).



Tabaqueiros : Os tabaqueiros são os responsáveis pela curimba, ou seja, pelo toque das atabaques. Um toque diferente pode comprometer qualquer trabalho e ainda ser responsável pelo cruzamento da linha com o candomblé. É muito importante o entrosamento com o Ogan, uma vez que dependem dele para saber o ponto que será puxado e assim poder dar o toque. Os tabaqueiros também devem saber quando, como e porque de cada toque, repique, etc.



Os Orixás e as Entidades na Umbanda



Aqui estão relacionados os orixás mais cultuados na Umbanda. Variando de terreiro pra terreiro podem aparecer outros cultos como por exemplo para Obá e Ossãem. Além desses, há a incorporação de outras entidades como : crianças, pretos-velhos, baianos, boiadeiros e marinheiros. Existem ainda outros terreiros em que podem aparecer a linha das almas onde as pessoas incorporam pessoas da família que trabalharam no espiritismo e também outros santos como Joana D'Arc, porém esse tipo de trabalho é muito raro.



OXALÁ



Oxalá a autoridade Suprema na Umbanda. Oxalá na Umbanda é Jesus Cristo. Ele é quem dá as ordens aos orixás para virem até a Terra ajudar seus filhos. Sua imagem é qualquer representanção de Jesus Cristo, normalmente sem a Cruz. Não há incorporação de Oxalá na Umbanda. Cor : Branca



OGUM



Ogum na Umbanda é São Jorge, ou como os umbandistas chamam São Jorge Guerreiro. Ogum é o orixá que vence demanda, que protege seus filhos e guarda sua casa. Ogum é um orixá que vira na esquerda, pois é chefe de Exu, essa característica pode ser percebida uma vez que seu nome aparece também em pontos cantados de Exu. Sua imagem é de São Jorge sobre o cavalo, mas também pode ser uma imagem de um Ogum especificamente (dependendo do terreiro).



Ogum tem em sua falange, outros Oguns que vem em seu nome, alguns deles se apresentam como : Ogum Megê, Ogum de Lei, Ogum Rompe Mato, Ogum Iara, Ogum Sete Ondas, Ogum Beira Mar, entre outros.



A incorporação de Ogum é fácil de se perceber : Seus filhos tomam uma forma militar com os ombros retos, peito estufado, andar ereto e com a mão ou dedo esticado acima da cabeça. Cor : Vermelho e branco



XANGÔ



Orixá da Justiça, Xangô na Umbanda é São Jerônimo. Diz a lenda no Candomblé que Xangô teve três esposas : Iansã, Oxum e Obá. Xangô tem como lugar as pedreiras. Sua imagem é representanda por um ancião sentado sobre as pedras, segurando a tábua dos 10 Mandamentos e com um leão ao lado. Xangô tem sua falange também, o mais conhecido é Xangô Kaô. Cor : Marrom



IEMANJÁ



Rainhas do Mar, é um do orixás mais conhecidos do Brasil. Senhora das águas, não há filho que não faça sua reverência ao por seus pés no mar. Iemanjá é Nossa Senhora da Imaculada Conceição na Umbanda. Iemanjá é conhecida nos terreiros pelo seu canto longo (outros dizem que é uma espécie de choro), suas mãos fazem movimentos para frente e para cima como se fossem ondas do mar. Iemanjá não tem uma falange especifica, porém em sua linha há as sereias e princesas do mar, conhecida por Janaína. Sua imagem é representada por uma mulher de cabelos compridos e negros, com um vestido azul comprido de mangas largas sobre as águas e com flores a sua volta, de suas mãos saem gotas de águas que mais se parecem com moedas (a riqueza do mar), na cabeça uma coroa que pode ter uma estrela no centro. Cor : Azul ou Azul e Branco



IANSÃ



Iansã é a rainha dos ventos e tempestades, na Umbanda também é reverenciada por Santa Bárbara ou como os umbadistas chamam A Virgem da Coroa. Iansã é a santa de expressão séria e de porte de guerreira, batalhadora e lutadora. Iansã na umbanda incorpora com expressão altiva e com o braço direito estendido para cima e com a mão direita a balançar, como se estivesse chamando os raios. Iansã pode aparecer na corrente tanto na sua própria linha como na linha de Iemanjá - adentrando assim na linha das águas. A imagem de Iansã no terreiro é a imagem de Santa Bárbara, ou seja, uma moça de cabelos claros com uma túnica vermelha por cima de um vestido amarelo, pode estar segurando um ramo ou uma espada. Cor : amarelo-ouro



OXUM



Oxum a Senhora das águas doces, dos rios e cachoeiras. Na Umbanda ela é saudada como Nossa Senhora Aparecida. No terreiro Oxum com sua expressão serena aparece com os braços esticados na altura da cintura, fazendo o movimento circulares e para frente. Normalmente vem na linha das águas, logo após a incorporação de Iemanjá (isso pode variar de terreiro pra terreiro). Cor : roxo ou azul escuro.



Linha de Cosme, Damião e Doun ou Linha das Crianças



Os filhos de Ogum são a presença mais alegre da Umbanda. A presença das crianças na Umbanda traz renovações e esperança, reforçando a natureza pura e ingênua dos seres humanos. É a linha que mais cativa as pessoas, pelo ar inocente que traz na face do médium. Aliás essa linha é fácil de perceber a incorporação pois o semblante da pessoa fica suave, sua voz mais fina e sempre com aquele ar de criança. Por sua natureza e pelos padrinhos da linha A linha de Cosme e Damião também traz a cura para os males do corpo e do espírito, além de darem proteção e benção extra as crianças. Podem aparecer no decorer do ano, mas o seu dia de comemoração acaba virando uma grande festa de aniversário, onde tem bolo, bexigas, doces e refrigerante, não faltando é claro o "Parabéns à você".



Linha dos Pretos-Velhos



A linha mais experiente da Umbanda e sem dúvida a mais respeitada das entidades, pelo seu sofrimento e pela sua sabedoria e humildade. É isso tudo que passa a linha dos pretos-velhos, o que um preto velho fala ninguém discute. Como diz seu próprio ponto cantado "Filhos de Umbanda não tem querer" é assim que eles vem : trazendo saúde e esperança, ajudando seus filhos e cobrando deles a humildade e bondade no espírito. Se existe algo que os pretos-velhos não admitem é a soberbia em seus filhos de fé. Sua homenagem fica para o dia 13 de Maio, dia da libertação dos escravos. Nesse dia os filhos de umbanda servem a eles uma mesa repleta de legumes, verduras cozidas, feijão de corda e feijoada e frutas docinhas, uma vez que serviram tanto a nós em outras épocas.



As diferenças entre a Umbanda e o Candomblé



Esses são alguns tópicos que relacionei sobre as diferenças entre a Umbanda e o Candomblé, e com isso você poderá aprender um pouco mais sobre a religião.



Alguns grupos de Umbanda assimilam mais elementos do espiritismo, dando origem à umbanda de mesa, que nesse tipo de ritual os adeptos costumam chamar de "Mesa Branca". Porém a maior predominância é dos rituais que parecem semelhantes aos do Candomblé. Essa predominância varia de terreiro para terreiro, dependendo da doutrina de cada pai ou mãe de santo, se essa predominância for muito grande, chamamos de "Umbandomblé".



Apesar de alguns rituais e entidades serem as mesmas do Candomblé, existem ainda algumas particularidades que diferenciam a Umbanda do Candomblé, por exemplo os orixás no Candomblé não se comunicam diretamente com a assistência. Para que a assistência possa saber alguma coisa para melhorar sua vida, ela precisa falar com o Babalorixá que consultará os Búzios, só assim os orixás poderão orientar a pessoa sobre seus problemas.



Na Umbanda, a assistência pode consultar as entidades diretamente, sem precisar do jogo de Búzios, uma vez que as entidades podem utilizar o corpo do médium para se comunicar. Essa consulta só pode acontecer nos dias de gira de trabalhos, essa gira é especialmente para isso. Existem outras giras, como por exemplo a Gira de Desenvolvimento, onde os médiuns novatos praticam e se aperfeiçoam na comunicação com o orixá e entidades.



Há ainda para se dizer que na Umbanda os orixás maiores ou santos (Iemanjá, Oxóssi, Xangô, Ogum, Oxum, Iansã, etc) não falam, quando eles "baixam" no terreiro, só sua presença já é uma benção, os santos não tem a falange (linguajar) para que as pessoas possam entender, eles já transcenderam da Terra há muitos anos e adquiriram muita luz, portanto, aqui na Terra, o máximo que fazem são emitir sons (ou mantras) como por exemplo o canto de Iemanjá, que para uns pode ser um canto e para outros um choro.



As consultas ficam por conta das entidades de cada linha como por exemplo: os baianos, preto-velhos, boiadeiros, marinheiros, crianças, etc, que por estarem mais próximos de nossa realidade (pois desencarnaram a apenas algumas décadas - como no caso dos pretos-velhos), podem nos ajudar por conhecerem bem mais de perto os problemas terrenos.



Outra característica marcante é o congar de um terreiro de Umbanda que tem, lado a lado, imagens de santos católicos (estes representando os orixás) e imagens das entidades (marinheiros, caboclos ameríndios, pretos-velhos, crianças, etc) e também podem ter outras imagens como de Santa Luzia, Santo Agostinho, Santo Expedito, etc. Em terreiros de candomblé cada orixá tem seu lugar, como por exemplo um quartinho, onde ficam os objetos do orixá.



Os médiuns também não precisam ficar o dia inteiro no terreiro e nem dedicar todo o seu dia a ele, basta apenas ter a responsabilidade de estar nos dias de gira e cumprir sua missão com amor e caridade no coração.



Os médiuns não incorporam cada um um orixá, os médiuns seguem a linha que os tabaqueiros e o Ogan (sabendo-se que ele só irá puxar um ponto quando o Pai ou Mãe de Santo autorizar) puxam, por exemplo, se estiverem cantando um ponto sobre Oxóssi, os médiuns e a assistência já sabem que quem vem para trabalhar são os caboclos.



Outra diferença básica é como os médiuns se preparam para incorporar, ao contrário do Candomblé que dançam num círculo em movimento, rodopiando seus corpos ao som dos atabaques e outros instrumentos, na Umbanda o médium fica parado, acompanhando por palmas os pontos cantados e esperando o momento exato para a incorporação dos orixás ou das entidades.



Para os médiuns novatos, a Mãe ou Pai de Santo "puxam" a linha dos orixás fazendo o sinal da cruz em sua testa e trazendo os orixás para que médium que ainda não tem experiência suficiente para incorporar o orixá sozinho, possa trabalhar (porém nesse estágio ainda não podem dar consultas nem passes).



A música também é bem diferente, uma vez que no Candomblé vai depender de que nação é, já na Umbanda os cânticos são todos cantados em português.



As roupas são brancas em geral e o uso das cores fica reservado para os Pais e Mães de Santo e em dias de festa e homenagem no terreiro.



As roupas pretas e vermelhas são usadas em dia de Gira de Exu, e também reservado apenas ao direito do médium de incorporação e Pais e Mães de Santo, os outros médiuns (novatos, ogans, cambones, etc) devem usar roupas brancas somente ou com uma fita vermelha presa a sua cintura.



A assistência deve sempre ir a um terreiro de roupas claras, deixando-a escura para as giras de exus, ainda assim muitos terreiros orientam aos freqüentadores a usar a roupa branca; na Umbanda, o branco significa proximidade com a clareza, paz de espirito e abertura de seu corpo para as coisas boas (uma vez que o preto significa luto - corpo fechado) se a pessoa quer receber uma graça, ela deve estar receptiva para que isso aconteça. Cada orixá vibra em uma cor, por exemplo, Oxossi vibra na cor verde assim como Iansã na cor amarela, mas indiscutivelmente o branco (Oxalá) é aceito por qualquer linha.



Linhas e Falanges -- No candomblé os orixás formam um sistema, estando ligados por laços de casamento e descendência; por exemplo: Nanã é a ancestral feminina, a avó, enquanto Ogum é filho de Oxalá com Iemanjá e assim por diante. Assim no candomble cada orixá tem sua história, suas paixões, lutas e apresentam preferências alimentares de cada um, cores, roupas, adereços, etc.



Os espíritos dos antepassados bantos e as entidades ameríndias - os caboclos - não apresentam esse tipo de organização: estão distribuídos em aldeias, reinos, tribos e, em vez de formarem um sistema, justapõem-se entre si. Com a influência do kardecismo, a Umbanda usa para sua organização o que chamamos de LINHAS e FALANGES - princípios de organizações e classificação dos espíritos. Linhas e Falanges constituem divisões que agrupam as entidades de acordo com as afinidades intelectuais e morais, origem étnica e, principalmente, segundo o estágio de evolução espiritual em que se encontram, no astral.



De acordo com os mais variados critérios e sem limite de número, o que na prática se traduz em uma multiplicidade de esquemas, a partir das sete linhas tradicionais da Umbanda, por sua vez subdivididas em sete falanges ou legiões.



Linha de Oxalá



Linha de Iemanjá ou Linha das Águas



Linha de Oxóssi



Linha de Xangô



Linha do Oriente / Linha de Cosme e Damião*



Linha Africana ou das Almas



Linha de Ogum
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