terça-feira, 15 de novembro de 2011

SENHOR CABOCLO DAS SETE ENCRUZILHADAS




HISTÓRIA DA ENCARNAÇÃO NO BRASIL DO CABOCLO DAS SETE ENCRUZILHADAS 




EM: ALGUMAS PARTICULARIDADES DOS CABOCLOS II


Esta história chegou até nós , da T.E.F.L. , há muitos anos através de uma entidade – um caboclo de OXÓSSI – enviado do Caboclo das Sete Encruzilhadas , cujo medium não temos informação se ainda está encarnado. Resolvemos passar este relato , para a forma escrita , para que não se perca na bruma do tempo e da nossa memória.
O Caboclo das Sete Encruzilhadas , é uma entidade muito querida na nossa Comunidade , é o mentor espiritual da TENDA ESPÍRITA FRATERNIDADE DA LUZ.
Inicialmente , uma rápida explicação quanto à confusão que alguns irmãos fazem , porque o Caboclo das Sete Encruzilhadas e o Exú Rei das Sete Encruzilhadas , são entidades que possuem nomes semelhantes ( são quase homônimos) , porém trata-se de espíritos distintos , cada um deles trabalhando espiritualmente em seu nível vibratório. Ambos prestam grandes serviços para a melhoria e desenvolvimento dos espíritos encarnados. Ambos , estão em constante evolução , mas não existe qualquer relação de dependência entre eles.
Ao que se tem informação , é que o Caboclo das Sete Encruzilhadas ,é um espírito muito antigo, já encarnado ao tempo da vinda do MESTRE JESUS à Terra e que na roda de suas encarnações , jamais apareceu no nível em que trabalham os nossos “compadres” Exus, como alguns , face à semelhança de nomes , tentam explicar.
Ao tempo do Brasil Colônia , mais precisamente no Estado do Rio de Janeiro , em uma localidade às margens do Rio Paraíba do Sul , chamada hoje de Barra do Piraí. Precisamente neste local , o rio atingia uma grande largura e o seu leito tomava um aspecto sinuoso, alí existia uma fazenda de diversas culturas , entre as quais e em maior escala ,a do café e da cana-de-açucar. Tal propriedade, era administrada por uma família portuguêsa , que ao contrário de outras existentes nas proximidades, alí não era exigído o braço escravo. Os negros que lá trabalhavam, recebiam além da casa e alimentação , uma remuneração em moeda, por isso era a propriedade mais próspera do local, isto graças à forma de administração adotada por seus proprietários.Próximo dali , vivia uma tribo de indios da Nação Tupi-guarani , com os quais , os fazendeiros mantinham um excelente relacionamento.
O Chefe da tribo, era môço e possuia uma razoável cultura,pois fôra alfabetizado na Capital , apaixonou-se por uma das filhas do fazendeiro, que correspondeu ao seua afeto vindo a casar-se com ele, contrariando os costumes de ambas as comunidades. Após a união, ela engravidou, tendo que viajar à Capital do Rio de Janeiro para tratamento médico, demorou-se algum tempo e ao regressar recebeu uma horrivel noticia : que um grupo de indios estranhos na localidade , de surprêsa , tentaram invadir a fazenda para saqueá-la ,os fazendeiros pediram socorro e os guerreiros Tupi-gurany, vieram , mas não puderam impedir que os pais da moça e seus irmãos fossem mortos. Na batalha , o chefe Tupi-guarany , seu marido ,ficou gravemente ferido ,vindo também a falecer em consequência.
Ao todo, sete pessoas foram assassinadas pela tribo invasora. E todos foram sepultados , em uma ilha situada no Rio Paraíba do Sul, dentro da fazenda. E a moça grávida , ùnica remanescente da família de fazendeiros , ia todas as tardes rezar na ilha, junto às sete cruzes que demarcavam os locais onde seus pais ,irmãos e esposo foram sepultados.
Porém , em uma dessas tardes , em que rezava junto ao túmulo do esposo, sentiu-se em trabalho de parto e ali mesmo deu à luz a um menino, seu filho com o chefe Tupi-gurany, cujo corpo estava naquele local sepultado.
O menino cresceu cercado do imenso carinho de sua mãe e recebeu ensinamento proveniente de duas culturas: a cristã adotada por sua mãe e a outra orientada pelo Pagé da tribo de seu pai. Estudou na Capital do Estado e posteriormente na Côrte , recebendo instrução superior de Direito. Como advogado teve intensa atividade profissional em defesa de escravos nos Tribunais do Rio de Janeiro,que eram acusados de crimes pelos senhores escravagistas. Na qualidade de chefe de sua comunidade indígena , disfarçadamente , invadia as fazendas de regime escravo , libertando os cativos e colocando-os em local seguro. Na verdade ninguém conseguia identificar o chefe que comandava o grupo indígena libertador de escravos, ora ele se apresentava com o aspecto físico de indivíduo alto ,ora baixo , as vezes gordo e outras vezes magro, cada ataque era comandado por uma pessoa diferente e assim ele conseguia se manter no anonimato, consequente a dupla personalidade. O se u verdadeiro nome era CABOCLO DAS SETE CRUZES ILHADAS , por ter nascido no local onde existiam sete cruzes em uma ilha ,porém o povo por corruptela o chamava de CABOCLO DAS SETE ENCRUZILHADAS, nome que ele adotou humildemente, até mesmo em sua vida espiritual. Tal nome ficou fixado pelo povo escravo , que o adorava , e quando o grupo surgia na estrada eles cantavam uma toada que tinha a seguinte letra:
“Lá vem , lá vem , bem longe na estrada,
Lá vem, lá vem, o Caboclo das Sete Encruzilhadas”.
A nossa Casa , mantém , desde a sua fundação , em seu ritual de abertura e encerramento de suas sessões espirituais , um ponto ou curimba, com as mesmas características daquela toada , com que era saudado pelo povo escravo:
“Chegou (ou subiu) , chegou , o Caboclo das Sete Encruzilhadas”. Acreditamos que a melodia deste ponto seja a mesma da toada dos escravos.
Após ter desencarnado , voltou através da mediunidade de ZÉLIO FERNANDINO DE MORAES , em novembro de 1908 , como espírito mensageiro , colocando as bases da UMBANDA, no Rio de Janeiro.
Antes do ano de 1948 , um grupo liderado por Henrique Landi Junior , nosso fundador , várias vezes dirigiram-se à cidade vizinha de Niteroi , na busca de uma entrevista com o CABOCLO DAS SETE ENCRUZILHADAS , que nem mesmo o seu médium Zélio , sabia o dia e a hora em que voltaria a incorporar. Quando aconteceu o encontro o Caboclo forneceu a orientação para a fundação da TENDA ESPÍRITA FRATERNIDADE DA LUZ , fato que ocorreu em 08 de abril de 1948 ,pautado nas normas umbandistas adotado pela entidade.
E ao terminarmos , este relato , não poderiamos deixar de considerar aquí o nosso pleito de gratidão a Zélio Fernandino de Moraes , medium do CABOCLO DAS SETE ENCRUZILHADAS , veículo através do qual , esta luminosa entidade nos legou a maravilhosa UMBANDA , fundamentada na máxima crística: FÉ – ESPERANÇA – CARIDADE.







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ALGUNS PONTOS 


– CABOCLO DAS SETE ENCRUZILHADAS




Chegou! Chegou!
Chegou… com Deus…
Chegou! Chegou!
O Caboclo das 7 Encruzilhadas!


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Já clareou lá no céu
Iluminou o congá
Aí vem o nosso chefe
Foi Ogum quem enviou
Caboclo das Sete Encruzilhadas
De Oxalá traz a bênção
Ele traz para seus filhos
A divina proteção!


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Eles são 3 caboclos… Caboclos do Jacutá!
Eles giram noite e dia até o dia clarear!
7 com mais 7, com mais 7 vinte e um
Salvamos os 3 setes, todos 3 de um a um.
7 Montanhas gira quando a noite lá chegar,
Seu irmão 7 Lagoas quando o dia clarear,
E ao romper da aurora até a alta madrugada
Gira o Caboclo das 7 Encruzilhadas


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Ovelhas abnegadas
Do Rosário de Maria
Salve Sete Encruzilhadas
Salve a Estrela Guia!


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Sua aldeia estava em festa…
Sua taba toda iluminada…
Saravá o Rei da Umbanda!
Salve Sete Encruzilhadas!




MENSAGEM CABOCLO SETE ENCRUZILHADAS

 



 

- ÚLTIMA INCORPORAÇÃO NO MÉDIUM ZÉLIO DE MORAES

Meus queridos irmãos, neste momento, vindo do espaço, permitam que neste estudo para amenizar sofrimentos dos que estão na Terra, encarcerados em seus corpos, estou satisfeito porque tem gente que é feliz, porque todos vocês vem me ajudando na obra que tomei a missão, no espaço, de implantar, a Umbanda de humildade, amor, e caridade, aproveitei um jovem moço em meio daqueles senhores, velhos kardecistas.

Tomei a missão e vejo neste instante grandes representações, não estão todas porque por este Brasil a fora, criei Tendas de Umbanda construtivas, sadia, com moral e dando de graça o que de graça se recebe.
 
Do sul do país aos estados do norte, ouviam a minha palavra, desenvolviam médiuns e fui criando tendas de grandes médiuns encontrei, grandes médiuns pude fazê-los, incorporei bem, trabalhei na caridade, tomando a direção de uma tenda, e assim foi se criando Tendas.

Meus irmãos, me satisfaz estar entre vocês porque naquele dia 15 de novembro na federação kardecista, eu anunciei a Tenda de Nossa Senhora da Piedade, do modo que a mãe tinha piedade de seu filho, que tivesse piedade desta humanidade. 


Grandes coisas feitas na Tenda, grandes coisas eu pude fazer para aqueles que estavam com certeza, crentes que a Tenda não tinha vida para que no dia 2 (dois) eu anunciasse a eles, não, a Umbanda, Deus comigo, Deus conosco, do nosso lado, será a religião deste fim de século.
 

Meus irmãos, eu disse, vou levar daqui uma semente, vou plantar nas neves e aquela árvore ficará frondosa para dar a sombra para todos os seus filhos, a todos aqueles que precisarem de uma sombra amena, os que dizem sentirem o queimar do sol de crimes, de vícios, de paixões que se criavam, que existiam como existem ainda hoje no meio da humanidade. 


A Tenda da Piedade foi criada e progrediu, faz hoje 64 anos da prime ira comunicação aos meus irmãos. 


Aqueles coronéis que me cercavam, estavam admirados de um menino fazer e dizer aquilo que eu dizia, aquilo que eu pregava e anunciava.
 

Pois bem, está formada a nossa Umbanda, com grande sacrifício, porque é preciso curar, é preciso levar aos médiuns, aqueles que se julgavam deserdados da sorte, a misericórdia de Deus, o conforto, para eles compreenderem que a palavra do espírito é a continuação nossa, que fazia a harmonia dos lares e curava os enfermos.
 

Chamei Pai Antônio, fui buscar Orixá Malê, para comigo trabalharem e criarem Tendas. Encontrei muitos descrentes. Aqui está o representante da Tenda São Jorge, talvez vocês não saibam como Severino, um grande médium que foi, como este médium se desenvolveu. Era descrente, Leal de Souza mãe de Geraldo Rocha foi pedir ao Orixá Malê para fazer um trabalho com pássaros na beira do rio Macau. Severino que não acreditava nem em Deus também foi meus irmãos, a vista de todos aqueles que nos cercavam, todos que estavam assistindo a sessão, alguns já estão mortos, não podem dar aqui sua palavra, mas eu estou dizendo que tem aqui quem falta.
 

Era um dia de sol, algumas nuvens corriam no espaço, Orixá Malê disse, vamos mandar aqueles pombos pro outro lado do rio para que eles não se molhem, para voltar e continuar o nosso trabalho, Severino ria, não demorou poucos minutos e a chuva caiu molhando a todos nós que estávamos ali no rio, passada a chuva, Orixá Malê fez com eles voltassem e cruzassem o céu. Severino duvidava, como ele não acreditava em Deus, o Orixá Malê que era mais… pegou uma pedra redonda na margem do rio e deu com a pedra na testa de Severino e ele caiu dentro do rio, e Severino já saiu do rio incorporado com a entidade que ele trabalha até hoje.
 

Vêem vocês que a luta foi grande para formar estas Tendas, tudo se faz, mas hoje estou satisfeito porque sinto no coração de vocês que os vossos corações estão unidos ao meu espírito para ir aos pés de Jesus pedir perdão, para que possamos ser seus alunos, seus inimigos que recebam de seus corações um perdão e também para aqueles que podem desejar o mal. 


Acredito que o manto de Nossa Senhora, virá ao agasalho de todos vocês na Umbanda do humilde Caboclo das Sete Encruzilhadas. 


Sempre fui pequenino e pequenino continuo, sou mais humilde dos espíritos que baixa ao planeta, tenho dito, tenho escrito e continuo a ser satisfeito pela Umbanda, todo dia, de estado a estado, a Umbanda hoje é grande, porque em São Paulo que se criou 20 Tendas, em Santos, em Minas Gerais, na capital da República e no Rio, nossa Umbanda continua progredindo, como aquela que eu desejo, como aquela que é preciso encontrar, nesta casa, quando aqui estou trazendo ao coração daqueles que dirigem, que é a humildade, o amor que prática a caridade.
 

E venho encontrando e dando força aos dirigentes destas Tendas, e aos médiuns, para que esta Tenda possa sempre ser grande e ser o espelho das outras Tendas, porque meus irmãos, infelizmente, o nosso irmão Floriano que está ao meu lado sabe perfeitamente disto, só desejava encontrar de branco, com roupas de pouco custo, nada de seda, nada de cores que pudessem ficar triste ou conter a mortalha na vestimenta. A Umbanda de humildade, amor e caridade, é esta que se pratica em nossa Tenda, Tenda de Nossa Senhora da Piedade.
 

Meus irmãos, as outras Tendas nepotistas, podem fazer aquilo que bem desejarem, poderão fazer o que quiserem, mas eu posso garantir uma coisa, o meu aparelho nunca aceitou a vil moeda em troca de uma cura ou de um feito, porque a vil moeda só serve para atrapalhar o homem ou mulher que é médium. E vocês sabem perfeitamente que existem Tendas que aceitam. Nós temos uma choupana no ma to, do Velho Pai Antônio, naquela época diversos cheque por cura foram dirigidos ao meu aparelho e eu dizia não pegue, e ele devolvia.
 

Por isso meus irmãos, que vocês possam fazer a caridade, possam receber de Deus sua misericórdia e que todo médium tome fazer o bem, curar com suas mãos, com sua reza, andando numa linha reta, numa consciência pura e limpa, e não reverter a vil moeda, enfim, olhar para o seu semelhante como se fosse um verdadeiro irmão, com este amor de irmão para irmão. 


Como o menor espírito que baixa sobre a Terra eu saúdo a falange de caboclos que me cercam, que me cercaram quando iniciei. Temos aqui diversos caboclos de Ogum, de Xangô, que estão nas 7 linhas, mas deve dizer que o Caboclo das 7 encruzilhadas que é o meu espírito pertence a falange de Oxosse, meu Pai. que Oxosse possa tomar conta de vocês, que Oxosse abençoe vocês neste momento, este pequenino espírito deseja a todos presentes pr oteção, os corpos todos cheios de fluidos benéficos para amenizar os males, eu quero que tenha neste momento a proteção da falange de Oxosse e as outras linhas que aqui estão presentes, para levar harmonia aos vossos lares, harmonia aos vossos corações, talvez possam gozar a vida conforme o Pai vem falando a seus filhos, dentro daquela humildade, dentro do amor de irmão para irmão e praticando a caridade.
 

Lembre-se, que seja descende o menor espírito entre todos, humilde Caboclo das Sete Encruzilhadas. Ressalvo homenagem à Tupinambá e a outros espíritos, 7 Flechas, Caboclo Roxo, enfim a quantidade de espíritos de Oxosse, de Ogun, de Xangô que estão presentes. Eu solicito a vocês todos que estão na matéria, para que estes espíritos comigo possam carregar o que há de ruim invadindo, sacudindo as vossas casas de alguma coisa que possa estar por lá, para que vocês tenham dias melhores, para que os filhos tenham mais saúde e paz para praticar a verdadeira Umbanda do humilde.
 

Que a paz neste momento baixe a que se ergam para todos os passos da luz e repasse para todos vocês debaixo do manto de Nossa Senhora da Piedade.
 

- Tá tudo bonito, tá tudo belo e formoso não é isto?
 
- Ô Floriano, como é que você vai, você está bom meu filho?
- Sua bênção, eu estou bem meu senhor, talvez melhor do que aquilo que eu mereça.
- Não deixa de levar umas pedradinhas não é meu filho?
- Muito contente de estar aqui comungando com esta vibração sublime, com este trabalho maravilhoso que vocês da espiritualidade trazem até esta terra para ajudarem também a carregar esta cruz.
- É preciso todo mundo compreender que deste mundo nada se leva, só as boas ações.
- Infelizmente, nós, espíritos encarnados ainda somos embuidos de muito egoísmo e muita animalidade, por isso queremos sempre a posse de tudo, desde as coisas mais insigni ficantes, até as coisas realmente mais valorosas, esquecendo-nos que realmente nada que temos que cultivar, isto que o senhor ensina, misericórdia, amor paz compreensão, piedade como é também o nome deste símbolo maravilhoso de Nossa Senhora, que o Senhor, Caboclo das 7 Encruzilhadas escolheu para batizar o templo de caridade que forma naturalmente uma plêiade de templos, que vieram a seu tempo por indicação do Astral superior enriquecer a terra de Santa Cruz, para trazer auxílio a esta comunidade, o conhecimento das coisas espirituais e ajudar por outro lado ao mais pobre e mais humilde a carregarem as suas cruzes com mais entusiasmo, com mais força, para que assim a Umbanda e o seu Caboclo das 7 Encruzilhadas, viessem inaugurar no Rio de Janeiro e se expandir.

Por isto nós estamos aqui comungando com os 64 anos desta vida laboriosa, desta vida intensa e de muita renúncia para o seu aparelho, que é naturalmente o espelho no qual todos nós, filhos ou não da Umbanda, que queremos progredir, devemos nos espelhar, porque em realidade se não houver renúncia de nossa parte não podemos concluir nada de bom. Além do mais a mediunidade, o intercâmbio entre o mundo espiritual e o material, reserva para cada um de seus trabalhadores um caminho, que embora cheio de luzes, mas uma hora esplendorosa aos termos da caridade.
 

Segundo nos ensinam você, espíritos de Caboclos e Pretos Velhos, o trabalho de médium corresponde exatamente a uma tarefa nobilitante e que ele aceitou, com maiores possibilidades ele poderá alcançar o caminho da glória e regenerando-se poderá descontar as faltas, as falhas e porque não dizer também os crimes de encarnações passadas.
 

- Assim foi feita a nossa Umbanda no Brasil. Passaram-se os anos e tudo aquilo que eu disse, apelando para quem está presente, de muitos anos que me acompanha, falando, pedindo e fazendo exemplos de Jesus aqui na Terra, quando ia da Palestina para a Galiléia, foram ao seu encalço pedir harmonia para sua casa; a resposta foi esta: 


“- Você feche os olhos para a casa de seus vizinhos, feche a boca para não se virar contra quem quer que seja, não julgue para não ser julgado, pense em Deus que a paz encontrará em sua casa. “
 

Faça do Evangelho e tomando por ensinamento as minhas palavras a nossa Tenda começou a seguir o seu ritmo, aquele que eu desejava.
 

A religião, seja ela qual for, desde que tenha por base acreditar em Deus, acredito que seja uma boa religião, desejar a teu próximo o que deseja para ti, cumpre os mandamentos das leis de Deus é ser perfeito e principalmente, em qualquer religião, mas principalmente na religião espírita, para que o médium seja o instrumento que possa ser tocado por qualquer professor de música, por isso meus irmãos, criei 7 Tendas.
 

Os mais humildes tragam amor no coração, mas amor de irmão para irmão, porque as vossas mediunidades ficarão muito mais limpas e puras, dignas de qualquer espírito superior que possa baixar, que os vossos aparelhos estejam sempre limpos, que os vossos instrumentos estejam sempre afinados com as virtudes que Jesus pregou na Terra, para que tenhamos boas comunicações, boas proteções, para que todos aqueles que correm em busca de socorro nas nossas casas de Umbanda, nas nossas casas de caridade em todo o Brasil.
 

E todos estes, a maior parte de todos estes que trabalham em Umbanda, se não passaram por nossa Tenda, passaram por filhos saídos desta Tenda e que criaram outros terreiros.
 

Das 7 Tendas criadas por mim no Distrito Federal, muitas tem saído para fazer a caridade aos seus semelhantes, a nos seguir. 


A lembrança de Jesus veio ao planeta Terra, na humilde manjedoura, não foi por acaso, não foi porque o Pai assim o quis, determinou, porque podia t er procurado uma casa de um potentado daquela época, mas não, foi escolher aquela que seria a mãe de Jesus, o espírito que vinha traçar a humildade, os seus passos, para ter paz, saúde e felicidade.
 

Aproveitando o nascimento de Jesus, a humildade que ele baixou neste planeta, numa humildade manjedoura, o Anjo que anunciou a Maria que ela ia ser mãe sem ser esposa, que a estrela que iluminou aquele estábulo, que levou os três reis magos a sua presença, vinde até vocês iluminando os vossos espíritos, tirando os escuros de maldade, por pensamentos, por práticas e ações que tinham sido pensadas ou praticadas, que Deus perdoe tudo aquilo que vocês tenham feito, que Deus perdoe as maldade que possam ter sido pensadas, para que a paz possa reinar nos vossos corações e nos vossos lares.
 

Eu meus irmãos, como menor espírito que baixou na Terra, mas amigo de todos, numa concentração perfeita dos espíritos que me rodeiam neste momento, peço que eles sintam as necessidades de cada um de voz e que ao sairdes deste templo de caridade, que encontreis os caminhos abertos, os vossos enfermos melhores e curados e saúde para sempre nas vossas matérias.
Com paz, saúde e felicidade, com humildade, amor e caridade, sou e serei sempre o humilde Caboclo da 7 Encruzilhadas.

Caboclo Mirim


HISTÓRIA DO ADVENTO DO CABOCLO MIRIM

Em 1920 no Rio de Janeiro, o médium Benjamin Gonçalves Figueiredo (26/12/1902 - 03/12/1986), teve a primeira manifestação de uma Entidade que identificou-se como Caboclo Mirim. Durante os primeiros anos de sua ligação com a Umbanda, Benjamin foi auxiliado no seu desenvolvimento pelo médium Zélio Fernandino de Morais. O Caboclo Mirim vinha com a finalidade de criar um novo núcleo de crescimento para a Umbanda e assim, toda a família do médium foi chamada a participar. Eram ao todo 12 pessoas que deram início em 1924 ao que foi chamada a Seara de Mirim. Após 18 anos, em 1942, foi fundada a Tenda Espírita Mirim, à rua Sotero dos Reis, 101, Praça da Bandeira; mudou - se, posteriormente, para a rua São Pedro e depois para a Rua Ceará, hoje Avenida Marechal Rondon, 597. Ainda sob a orientação dessa entidade, deu-se a fundação do Primado de Umbanda, uma das primeiras federações umbandistas do Brasil, criada para difundir e estimular o estudo da religião de Umbanda e dos seus reais ensinamentos.

INSTRUÇÕES DO CABOCLO MIRIM

Através de seu médium, o Caboclo Mirim apresentou várias orientações sobre o comportamento do filho de Umbanda, tanto na sua postura no terreiro como em sua vida , apresentamos os conselhos :
  • Abra o seu corpo, esqueça a vida material e fale somente o necessário.
  • Não interceda no comportamento de ninguém, por mais estranho que seja, respeitando a todos indiscriminadamente, pois assim estará respeitando a si próprio. Não ria nem caçoe de ninguém, mantendo o silêncio absoluto e total. Não ache graça nas Entidades incorporadas, pois as mesmas comportam-se de diversas maneiras, dependendo do cavalo, isto faz parte dos trabalhos. Respeite o Iniciante incorporado, mesmo achando que o mesmo não esteja firme com o Guia, pois os mesmos estão em Evolução como todos nós e fazem parte importante nos nossos trabalhos.
  • Evite o contato físico com os outros, não ponha a mão na cabeça de ninguém, pois você desconhece o que as pessoas trazem consigo mesmo de bom ou de ruim. Somente os Médiuns Juramentados podem fazer isto, assim assumindo esta Responsabilidade.
  • É perigoso dar consulta, pois no momento da consulta você assume uma Responsabilidade Espiritual séria consigo mesmo.
  • A alimentação, bem como o zelo pelo seu corpo físico, é fator preponderante para a boa captação dos Fluídos que emanam do Aspiral Ascendente formado pela Ectoplasmia de todos e que de lá vem à verdadeira quota para cada um, de acordo com seus merecimentos. O valor da Entidade depende do Corpo Físico e Mental do cavalo e se o mesmo não tiver uma boa saúde Psico-Físico e Mental a Entidade não terá nada para dar a quem necessite.
  • Acompanhe mentalmente e cante as Curimbas, pois as mesmas são Orações cantadas e trazem nas suas palavras verdadeiras Filosofias de Vida e Ensinamentos. Não interceda nos Curimbeiros solicitando cantar esta ou aquela Curimba simplesmente porque você acha bonita ou que rima bem. A Curimba é fator de importância nos trabalhos, cabe a quem estiver comandando a Gira ordená-las de acordo com a necessidade.
  • Abra o seu coração, Oxalá veio ao mundo e não o virou, trouxe a sua Doutrina e foi um observador, não será você que poderá julgar os outros. Seja, portanto, um observador oculto da vida, pois viemos ao Mundo para sermos comandados e não comandantes. Seja um pequeno homem num Mundo grande e não um grande homem num Mundo pequeno.
  • Mediunidade é uma coisa e Doutrina Espírita é outra. A Mediunidade processa-se de diversas maneiras, quer na audição, tato, visão, olfato, incorporação e etc... Doutrinação é o que fazemos nas Giras com as Entidades, pois: Trabalhamos para as Almas e não com as Almas.
  • A nossa Doutrina não conserta a vida de ninguém, mas cria condições para que cada um conserte a sua própria vida de acordo com o seu paladar.
  • Numa sessão todos são vistos e observados e cabe a cada um a Responsabilidade Espiritual de seus atos.
  • Abra a sua mente para que você possa verdadeiramente levar consigo e para os seus verdadeiros fluídos de Paz e Felicidade de acordo com seu merecimento.
  • Não interceda na vida dos outros os aconselhando, pois você não sabe dos merecimentos dos mesmos e assim procedendo você não assume Responsabilidades Espirituais. Lembre-se do Livre Arbítrio de cada um. Viva a Indiferença Construtiva da sua própria existência.
  • Não se esqueça do compromisso que você assume com o Caboclo Mirim desde que você resolveu freqüentar a sua casa. Escolha para você próprio os ambientes que freqüentar, não participando de trabalhos baixos, pois a responsabilidade será somente sua e você, um dia, prestará conta da mesma. O Mundo dos Mortos é incomensurável e nele habitam os mais diversos tipos de Espíritos, portanto não os invoque sem conhecimento de causa.
  • A Umbanda não faz matança, pois os animaizinhos são nossos irmãos e a Lei da Fraternidade Universal as proíbe.
  • Seja dono do Mundo Material que você possui não deixando que o mesmo seja o seu próprio dono. Goste do que lhe pertence, mesmo sendo pouco.
  • Viva a Vida como ela se apresenta para você na sua verdadeira beleza, prezando conscientemente pelo seu Corpo Físico e Espiritual. Não se esqueça que as cicatrizes do Corpo Físico logo saram, mas as cicatrizes da Alma cada um carregará pela Eternidade. Zele também por sua Alma enquanto lhe sobra tempo nesta Fase Corpórea. Leia o Livro da sua própria Existência todo dia.
  • A Umbanda tem Fundamento e é COISA SÉRIA, PARA QUEM É SÉRIO OU QUER SE TORNAR SÉRIO. Umbanda é bom para quem sabe ler...

RITUALÍSTICA

A "Escola da Vida", fundada pelo Caboclo Mirim, possui uma ritualística diferente das conhecidas. De acordo com os seus ensinamentos, há iniciados do Primeiro ao Sétimo grau de iniciação. Estes graus são atribuídos aos médiuns e não às Entidades. Estes graus estão classificados em tupi-guarani, desta forma:
Bojá-mirim - 1ª grau: Médiuns iniciantes. Estes médiuns estão em desenvolvimento e devem procurar ensinamentos com os médiuns dos demais graus superiores e se aperfeiçoarem moralmente, evitando vícios de todas as espécies e desequilíbrios de qualquer ordem. Devem, ainda, estar firmes em seus propósitos de desenvolvimento, evitando que sugestões de espíritos inferiores cheguem às suas mentes em forma de sensação, pois os espíritos inferiores não gostam de iniciantes que se propoem a um desenvolvimento mediúnico sério para futuramente desfazerem os trabalhos de magia negra que estes espíritos inferiores teriam feito.
Bojá - 2ª grau: Médiuns de Banco. São os responsáveis pelo descarrego de energias negativas e pela doação de fluido vital para os espíritos necessitados que passarem pelo seu corpo durante uma sessão de caridade espiritual. Estes médiuns, assim como os iniciantes, devem estar atentos aos pensamentos de desestímulo em relação à continuidade de seu caminho na Umbanda, evitando assim que espíritos inferiores atrapalhem sua caminhada. Devem ser assíduos, estando na sua tenda sempre que possível para prestarem sua caridade.
Bojáguaçu - 3ª grau: Médiuns de Terreiro. São médiuns passistas. Este grau é uma grande mudança em relação às responsabilidades do médium no Terreiro, pois o médium deve saber aplicar um passe, a forma ideal de aplicá-lo, e os devidos resguardos antes da sessão.
Abaré-mirim - 4ª grau: Sub-chefes de Terreiro São médiuns que, além de já estarem firmes no passe e com conhecimento suficiente sobre a dinâmica das sessões e passarão a tomar conta do terreiro, orientando os médiuns de graus anteriores.
Abaré - 5ª grau: Chefes de Terreiro São médiuns que devem orientar os médiuns de graus anteriores sobre como proceder nos passes. Além disso, é neste grau que se inicia a trajetória do médiun para consultas espirituais. Já dizia o Caboclo Mirim que dar consulta é perigoso! Não se pode atuar no livre-arbítrio dos outros. Só dê consulta se for solicitado! Adicionalmente, médiuns deste grau já devem ter responsabilidades com os demais médiuns de graus anteriores durante as sessões e giras, orientendo-os sempre que necessário.
Abareguaçu - 6ª grau: Sub-comandante chefe de terreiro São médiuns que estão se preparando para Escola de Comando. Devem focar em obter experiência da ritualística dos trabalhos espirituais e se preparar para aprender a comandar sessões.
Morubixaba - 7ª grau: Comandante chefe de terreiro São os médiuns comandantes de terreiro. São os dirigentes de sessão e devem orientar todos os demais graus.
Okê Caboclo Mirim. Salve sua Banda!
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